sexta-feira, 15 de maio de 2015

“SONHAÇÕES” na SBPRP
Encontro Preparatório para o XXV Congresso Brasileiro de Psicanálise
SONHO/ATO: A Representação e seus Limites.
12 e 13 junho 2015
Local: Hotel Stream Palace - Ribeirão Preto
Não perca o prazo para inscrição com desconto
INSCRIÇÕES: www.sbprp.org.br

CANDIDO PORTINARI, Dom Quixote e Sancho Pança Saindo para Suas Aventuras (Don Quijote y Sancho Panza saliendo para sus aventuras),1956. Lápiz de color s/ cartón, 28,5 x 21,5 cm. Col.Museus Castro Maya, Brasil.

A Conferência de Abertura será proferida por Daniel Delouya, Psicanalista, Diretor do Conselho de Coordenação Científica da Federação Brasileira de Psicanálise (FEBRAPSI).

“Limites da representação: trabalho em duplo e a cultura de excitação/atuação”

Nas configurações não-neuróticas não é a dissolução (losüng, Freud) dos sintomas/sonhos que está em questão, mas sua construção. É o trabalho do objeto (adulto) em suas possibilidades psíquicas de nomeação e, portanto, de construção que devem ser interrogadas e retomadas na via principal de certas demandas cada vez mais crescentes na contemporaneidade. A fuga excitada no agir e nas atuações são objetos de uma reassunção do sonho, ou melhor, da conversão do ato em sonho, em pensar. A psicopatologia da atuação em delírio da alma ou de seu soma, e suas correspondentes denúncias (das falhas) do trabalho do objeto impõem o grande desafio ao analista. A provisão narcísica ao paciente, existindo em sua companhia, servindo-lhe de duplo, permite a passagem do plano alucinatório da percepção para a fixação (prägung) desta em traços. Trabalho esse, de figurabilidade (darstellungbarkeit), compondo o setor principal da fábrica do sonho, fornece as condições de representação, construção, da passagem do irrepresentável para o representável. A crescente pressão da cultura -em sua exigência de sublimação em prol da inclusão do sujeito no mundo - transcendem os limites econômicas do sujeito em poder pensar e sonhar, acarretando a disjunção pulsional (Freud, 1923). São as excitações/atuações entre outras vias primitivas de gozo que surgem como buscas exasperadas por novas versões de subjetivação passiveis de conciliação junto a inadequação fundamental da vida humana na cultura.



Daniel Delouya é Psicanalista, Membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, Diretor do Conselho de Coordenação Científica da Federação Brasileira de Psicanálise (FEBRAPSI) da gestão atual e Secretário do Conselho Científico da Febrapsi na gestão anterior.

Estudioso da obra de Freud e Lacan, dedica-se à divulgação da psicanálise ministrando palestras, coordenando grupos de estudo e seminários. Autor de livros como Depressão, estação psique; Epistemopatia (Coleção Clínica Psicanalítica); Entre Moisés e Freud-Tratados de origens e de desilusão do destino; Torções na razão freudiana e Depressão (Coleção Clínica Psicanalítica).

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