terça-feira, 16 de outubro de 2012



Por Cristiane Sampaio
Mtb. 61.431



Olá,

A partir de elementos do “caso Vladimir Herzog”, trágico episódio da história do Brasil na segunda metade do século XX, abre-se uma conversa interdisciplinar entre História, Direito e a Psicanálise, centrada em questões de verdade e ética. Um evento imperdível no próximo dia 20 às 10h na SBPSP. Estarão presentes:

- IVO HERZOG (PRESIDENTE DO INSTITUTO VLADIMIR HERZOG);

- MARIO SÉRGIO DE MORAES (HISTORIADOR: INSTITUTO DIVERSITAS USP, INSTITUTO VLADIMIR HERZOG);

- MARCIO MORAES (DESEMBARGADOR DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO ATUOU COMO JUIZ NO “CASO VLADIMIR HERZOG”);

- DEODATO AZAMBUJA (PSICANALISTA, MEMBRO DA COMISSÃO DE ÉTICA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PSICANÁLISE DE SÃO PAULO);

- PLINIO MONTAGNA (PRESIDENTE DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PSICANÁLISE DE SÃO PAULO);

A entrada é franca e as vagas limitadas. Clique aqui e saiba mais!

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O caso Vladimir Herzog

O jornalista Vladimir Herzog de 38 anos, casado, pai de dois filhos e diretor de jornalismo da TV Cultura de São Paulo, foi encontrado morto, supostamente enforcado, nas dependências do 2ª Exército, em São Paulo, em 25 de outubro de 1975. No dia seguinte à morte, o comando do Departamento de Operações de Informações e Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI), órgão de repressão do exército brasileiro, divulgou nota oficial informando que Herzog havia cometido suicídio na cela em que estava preso.

A versão oficial da morte foi refutada pelos movimentos sociais de resistência à ditadura militar. Uma semana após a morte do jornalista, cerca de oito mil brasileiros participaram de uma missa ecumênica organizada por D. Paulo Evaristo Arns, pelo reverendo James Wright e pelo rabino Henri Sobel. Três anos depois, no dia 27 de outubro de 1978, o processo movido pela família do jornalista revelou a verdade sobre a morte de Herzog. A União foi responsabilizada pelas torturas e pela morte do jornalista. Foi o primeiro processo vitorioso movido por familiares de uma vítima do regime militar contra o Estado.

No dia 18 de outubro de 2004, o Correio Braziliense divulgou duas fotos que seriam de Herzog em sua cela no DOI-CODI. As imagens seriam inéditas e reforçariam a tese de que o jornalista havia sido torturado antes de ser morto. Na única imagem conhecida até então, Herzog aparecia enforcado. Clarice Herzog, viúva do jornalista, teria confirmado ao Correio que as fotos seriam mesmo do marido.

O Exército brasileiros divulgou uma nota oficial se posicionando sobre a divulgação das supostas fotos inéditas, que foi mal vista e duramente criticada por movimentos sociais e entidades como a Federação Nacional dos Jornais (Fenaj) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A nota dos militares é a seguinte:
"Á época, o Exército brasileiro, obedecendo ao clamor popular, integrou, juntamente com as demais Forças Armadas, a Polícia Federal e as polícias militares e civis estaduais, uma força de pacificação que logrou retomar o Brasil à normalidade". Afirma, ainda, "que o movimento de 1964, fruto de clamor popular, criou, sem dúvidas, condições para a construção de um novo Brasil, em ambiente de paz e segurança".
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou uma retratação por parte do Exército e do Ministério da Defesa.
Fonte: www.terra.com.br

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